quinta-feira, 31 de março de 2011

Erico Verissimo

O TEMPO E O VENTO




CULT  -  Revista Brasileira de Cultura, circulação mensal, publica temas da alta cultura, veiculou  na edição número 86, novembro/2004 (estamos em 2011, claro), belíssima matéria sobre Erico Veríssimo.
O editorial faz a seguinte citação: “ (...) Conseguiu a difícil equação de produzir literatura de alta qualidade com grande popularidade (...) Cult apresenta um pouco desse escritor de letras simples, sinceras e eternas”.
Flávio Loureiro Chaves, professor titular de Literatura Brasileira da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, escreve, na edição acima: ”Portanto, o que se lê na totalidade de O Tempo e o vento não pode ser uma epopéia; seu resultado final é uma crônica da decadência , a falência moral dos Cambará. Aí também se e reflete, num jogo de espelhos, por um lado, a crise da democracia, do liberalismo clássico e, por outro lado , o triunfo das ideologias autoritárias que o escritor substantiva como o 'horror moderno' ”.
Acrescenta: “Erico Verissimo tinha ao seu alcance matéria riquíssima que a literatura ainda não havia explorado em grau de suficiência. A fronteira meridional do país foi a última a ser fixada; era uma raia móvel, disputada entre lusos e castelhanos (...) um território irrigado por guerras ao estrangeiro e revoluções separatistas. Foi sobre esse cenário que se desenharam os dois arquétipos tão definitivos quanto indispensáveis à arquitetura de O tempo e e o vento ".
Arremata com mestria: "A originalidade do escritor não residiu propriamente na redação do romanche histórico , praticada desde o Romantismo, mas no fato de ter obtido a chave de sua resolução formal, que, fossem quais fossem os antecedentes, não havia sido encontrada até então".
 Fonte: Cult Revista Brasileira de Cultura
              Edição 86, maio 2004
              Sessão Dossiê
              Imagem: www.radiodigitalnews.com.br/?attachment_id=457





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