Hoje,
16/10/14, por volta das seis horas da manhã, juntamente com um familiar,
trafegava pela Avenida do Café em direção ao Hospital das Clínicas USP
Ribeirão Preto, onde faria um exame de rotina.
Fomos
abordados por duas motos que anunciaram um assalto. Sinalizei que estava tudo
bem, disponibilizamos os celulares, bolsas e outros utensílios.
Eles
disseram:
-Água, água, água! Só queremos as garrafas d’água.
-Água, água, água! Só queremos as garrafas d’água.
-E
celulares, dinheiro? – perguntei.
-Isso
o incomoda? – disse um deles.
-Pode levar tudo, respondi.
-Podemos, mas não queremos. Apenas água, água! – repetiu.
-Podemos, mas não queremos. Apenas água, água! – repetiu.
De
repente, um deles gritou:
-
Água e a camiseta, só isso.
-Tirei
a camiseta e entreguei. Ela tinha uma estampa com a fórmula da molécula da
água: H2O.
Depois
que tudo passou, eu disse à minha nora:
-Com o que vem pela frente, de sede eles não morrerão.
-Com o que vem pela frente, de sede eles não morrerão.
Confesso: quando cheguei na USP, estava morrendo de sede.
Parte do conteúdo textual deste Blog integra o livro Mosaico Literário: Poesias e Crônicas, de Augusto Aguiar, registrado na Agência Brasileira do ISBN (International Standard Book Number) - Ministério da Cultura - Fundação Biblioteca Nacional, sob número 978-85-63853-54-7.
Crédito da imagem: http://www.diariodegrossos.com
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