domingo, 18 de setembro de 2016

Doenças da Alma, Arte de Reconhecer-se, Recomeçar



Em seu novo livro, Doenças da Alma, Arte de Reconhecer-se, Recomeçar, Editora Legis Summa Ltda, Luzia Madalena Granato remete o leitor a um trabalho pautado pela seriedade e otimismo na busca pela excelência de resultados junto àqueles que constituem a atividade fim do exercício de sua profissão: os seres humanos. Entre eles, os interessados em redimensionar o sentido da vida.

A autora é Professora (normalista), Psicóloga, Pedagoga, com títulos em Psicopedagogia, Psicossomática, Psicoterapia de Formação Analítica, Psicologia Holística. No Hospital das Clínicas – USP Ribeirão Preto - fez especialização em Ginecologia e Obstetrícia: Endometriose severa e dor pélvica com tentativa de suicídio.

Em Ribeirão Preto, é palestrante da Feira do Livro, uma das maiores do estado de São Paulo, membro da Casa do Poeta e Escritor de Ribeirão Preto, da União dos Escritores Independentes. Também faz parte do Grupo de Médicos e Escritores Dr. Carlos Roberto Caliento. Pertence à Academia Luminescência Brasileira (ALUBRA), entidade que congrega pessoas que se dedicam às atividades literárias e artísticas nas mais diversas formas de expressão.

No livro, propõe reflexões, através de poemas e crônicas, que levam a um intercâmbio e a um recomeço apoiado no autoconhecimento. Com o "domínio" do Ser ou não Ser, assimilado na semântica dos suportes de textos que ela utiliza, evita-se a transferência de problemas comportamentais no convívio social.

Enfim, tudo começa na alma. Pablo Neruda, por exemplo, escreveu: "A poesia tem comunicação secreta com o sofrimento do homem". A afirmação do poeta faz conexão com o que a
autora propõe em sua literatura: uma proposta para além daquilo que os olhos possam ver (olhos da alma e muros das faculdades).

A exemplo de Sócrates e Platão, trás reflexões para quem deseja sublimar ou curar a alma e o corpo. Mostra sentimentos e sofrimentos que atingem a todos nós. Sinaliza caminhos que são um bálsamo para a saúde integral.

E o faz com tanta competência que Doenças da Alma, Arte de Reconhecer-se, Recomeçar, a exemplo dos livros Borboletas da Alma, de Drauzio Varela e As Cinco Linguagens do Amor, de Gary Chapmam, é recomendado pelas Faculdades de Tecnologia do Estado de São Paulo (FATECs).

Dessa forma, Luzia Madalena Granato se sente feliz pelo reconhecimento do seu trabalho que está assentado na missão de trazer ao ser humano a luz do conhecimento, adquirido através dos seus estudos, em benefício da sociedade.

Trata-se de um papel de consciência Universal visando a melhora de todos aqueles que o desejarem, além de promover uma sociedade mais justa e livre da banalização da violência. O objetivo é suavizar a vida para a Paz tão almejada.

Quem lê o livro percebe a diluição da dimensão espacial ou temporal no que concerne à questão presencial e o agendamento de consultas. Mas não substitui esses quesitos. Apenas é uma alavanca para a tomada de consciência do sofrimento. Diante disso, basta criar estímulos para verbalizá-lo com o psicólogo. Daí nascerá uma aliança interativa.

No balanço final, relativo à leitura do livro, o leitor perspicaz descobre que está diante de métodos que evitam a utilização de uma camisa de força química, a medicação, sem que haja nisso qualquer obscurantismo. Compreende-se, também, que o conteúdo do livro não esgrima  com a psicofarmacologia, ramo da farmacologia que estuda as ações e efeitos das drogas psicoativas.  

Em entrevistas, faz questão de citar: “Em casos intensos de psicopatologias graves e intensas, é necessário com  ética, diagnóstico bem feito e prognóstico, tratamento adequado com médicos psiquiatras capacitados. Se necessário, com equipe multidisciplinar para que o suporte ao paciente seja rápido e efetivo, aliando a técnica com tratamento de psicoterapia e terapias alternativas, como oficinas de arte etc. Sendo assim, tudo dentro do que é possível, o tratamento adequado com benefícios para o paciente, família e a sociedade".
Com o refino intelectual que brota dos seus textos e através de uma didática própria, a autora instiga e motiva a todos através da arte de pincelar palavras  no que diz respeito à saúde mental, viver ludicamente, lidar com a realidade, porque viver é uma arte, um fazer artístico. Não é à toa que a Literatura faz parte da definição de Arte.

Nessa obra, a autora, com uma postura humanizada, caminha no texto ao lado do leitor. Dessa forma, a essência do livro se pauta por uma luxuosa simplicidade que exemplifico através de um trecho do cronista Rubem Braga:

"Eu considerei a glória de um pavão ostentando o esplendor de suas cores; é um luxo imperial. Mas andei lendo livros, e descobri que aquelas cores todas não existem nas penas do pavão. Não há pigmentos. O que há são minúsculas bolhas de água em que a luz se fragmenta como em um prisma. O pavão é um arco-íris de plumas.
Eu considerei que este é o luxo do grande artista, atingir o máximo de matizes com o mínimo de elementos. De água e luz ele faz seu esplendor; seu grande mistério é a simplicidade".

É exatamente assim que Luzia Madalena Granato faz em Doenças da Alma, Arte de Reconhecer-se, Recomeçar. Como escritora, professa a arte de estimular o leitor a continuar a ler, pois a literatura educa e reeduca como descreve em Retratos (já na 2ª edição), através do qual estreou no mercado editorial em voo solo.

Ela ousa sempre, com a literatura e a arte.





















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