Tenho um respeitável arquivo pessoal. Mas toda vez que manuseio-o, ao invés de encontrar-me nele, encontro pessoas que passaram pela minha vida e a de outras pessoas da minha geração. A sensação é a de ser um afluente diante do rio caudaloso que esta ou aquela pessoa foi.
Maria Helena Pellegrino de Lima, professora de Desenho no Paraíso Cavalcanti, é minha homenageada de hoje. Por sinal, filha do maestro Pedro Pellegrino. Este, sim, foi meu professor de Música no ginásio. Irmã da professora Maria Cecília Pellegrino, a Tuca (que também lecionava Desenho), casou-se com João Cândido de Lima Neto, que pertencia ao capital humano do Banco do Brasil. Dessa união nasceram três filhos: o meu querido amigo João Carlos (arquiteto) que reside em Bebedouro; Lis Maria, residente nos Estados Unidos e Maria Renata, atualmente no Rio de Janeiro.
Em 1968, a fim de dar sustentação à ascensão profissional de João Cândido, no Banco do Brasil, a família muda-se para o Rio de Janeiro. Diante disso, devido sua condição de professora estatutária estadual, Maria Helena evitou exonerar-se a pedido. Conseguiu ser lotada num escritório do governo do estado de São Paulo no Rio de Janeiro. Lá, prestou serviços na área administrativa.
Muito tempo depois, esse escritório encerrou as atividades, mas faltava pouco para a professora completar o tempo de aposentadoria. Retornou a Bebedouro, reassumiu suas funções até aposentar-se. Nesse retorno, cuidou de outra geração que passou pelas suas mãos. Posteriormente, ela faleceu. A professora Maria Helena é uma personagem obrigatória na história do magistério em Bebedouro.
Agradeço à gentileza do professor de Odontologia, Carlos Pellegrino, sobrinho de Maria Helena, por dirimir eventuais dúvidas e enviar-me a foto que ilustra esta matéria.
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