-D. Pedro II foi adúltero, será? Não seria D. Pedro I, o pai? – pode pensar o leitor.
-Respire !!! Não seja um leitor desconfiado. A história não
está muito clara, mas vai ficar. Sou um cara que não dissimula, continue lendo
o texto. – é a minha sugestão.
Casado com a princesa italiana Teresa Cristina, D. Pedro II
viveu um relacionamento com Maria Eugênia Lopes de Paiva, filha do barão de
Maranguape. Depois, engatou um envolvimento com Carolina Bregaro, mulher de um
meio-irmão, filho bastardo de D. Pedro I. Finalmente, capitulou diante de Luísa
Margarida Portugal e Barros, a Condessa de Barral , com quem relacionou-se até
o final da vida dela ( morreu um ano
antes dele). Os adultérios foram divulgados pela boateira da
Corte, admitiam alguns. "Coisas da Tudinha " (Gertrudes nas ocasiões formais),
diziam.
Ela era dama na Corte, mas boateira por vocação. Uma mulher sem reservas
e generosa em todos os atos que praticava, mesmo que fossem imorais. Viveu
entre o Primeiro e Segundo Reinado; nessa época, não existia Registro Civil.
A sua certidão de nascimento foi
lavrada numa sacristia. Neste local, as crianças eram batizadas e registradas.
A Igreja acumulava essas funções. Eis o que alguns livros de História, ao abordarem o tema, dizem: "... ser brasileiro era ser católico". Somente a partir de 1900 – tal qual é hoje, é que
surgiu o Registro Civil.
O batismo e o registro foram a última missão dela na Igreja. Viveu a vida num
altar pagão. Neste tipo de altar, D. Pedro II, embora fosse D. Pedro II,
fisionomia de santo , praticou alguns
“rituais” pagãos. Alguns, não. Muitos !!!
A Historiografia deve ser documental: “ Como seria bom se estivéssemos
juntos no seu quartinho em Roma...” – escreveu D. Pedro II para a Condessa de
Barral. A carta está arquivada no Museu Imperial. Portanto, Tudinha foi
absolvida .
(Augusto Aguiar)
augusto-52@uol.com.br
http://stilocidade.webnode.com
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D. PEDRO II
CONDESSA DE BARRAL
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