sexta-feira, 24 de novembro de 2017

Ponto G : a matriz cortical



Recebi um e-mail de uma leitora registrando um queixume contra o marido. Então, vejamos: “Meu marido ignora todos os investimentos que faço em meu corpo. Essa desatenção, da mesma forma, contempla meu incessante desejo de agradá-lo com um vestuário chique. Não sei mais o que fazer para despertar nele um maior interesse por mim. Será que não sou bonita? Anexo uma foto recente. Esse colunista, na condição de poeta, poderia dar-me uma dica?”

Apesar do assunto ser afeto a um consultório sentimental, por uma questão de delicadeza, respondi: "Prezada leitora. O que seria um ser humano (homem ou mulher) bonito para um amor romântico que se sustente definitivamente?

E continuei:
- Uma pessoa bonita para um amor romântico é aquela que consegue materializar a realidade psíquica da outra e vice-versa. Ou seja, deixando de lado o “excesso” de silicone, botox, roupas de grife etc., o ideal é um toque, um afago, na matriz cortical do outro. Ou seja, na subjetividade.

A meu ver, os investimentos que faz em seu corpo e em seu guarda-roupa – não que sejam desnecessários – mas, com certeza, deixam mais interessados em você seu cirurgião plástico, sua esteticista e as donas das butiques (esta é a grafia certa na língua portuguesa) de sua preferência.

A leitora poderá discordar de minha opinião. Caso positivo, deixo-lhe a seguinte pergunta:
- Por que, em alguns casos, o patrão transa com a empregada? Noutros, a patroa com outro qualquer? Por que John Lennon devotou todo seu amor à esposa Yoko Ono? Eles viveram  dentro de um relacionamento fechado, Por que, muitas vezes, mulheres belas escolhem parceiros feios?   Por que um governante – que é um só – pode manter submisso o povo, que são todos? Por quê? Sacou, cara leitora?"

Crédito da imagem: Google

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...