Não tive o privilégio de ser aluno de dona Ignez Trondi Siqueira Habib, professora de Língua Portuguesa. Habitual frequentadora dos Correios (morava perto), recebi dela, em minha posição de trabalho, verdadeiras aulas de pós-graduação.
Nunca me esqueço quando descobriu um erro de Português, quase imperceptível, num cartão de natal comercializado pelos Correios. Deu uma aula. Não, não foi uma aula, aquilo foi uma Tese.
Suave, elegante, exalava uma fineza indescritível. Ela valorizava, antes de mais nada, a elegância de atitudes.Trazia sempre uma expressão sorridente. Quer quando abria o sorriso, quer quando seus lábios apenas insinuavam sorrir. E isso também acontecia quando ensinava.
Ainda menino, estudei piano com sua irmã, Angelina Cassano, mãe do Dantinho. Faltou-me estudar Língua Portuguesa com dona Ignez. Essa impossibilidade é uma das tristezas medulares no que se refere ao meu aprendizado da Língua Portuguesa.
Dona Ignez foi um dos ícones do corpo docente do Instituto Estadual de Educação Dr. Paraíso Cavalcanti, o ginásio do estado.
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