quinta-feira, 1 de novembro de 2018

La Donna Nua, de Giovanni Bellini

Sou um Renascentista escondido num homem do século vinte e um. A Donna Nua, do pintor veneziano Giovanni Bellini, e eu somos gêmeos gestados no útero renascentista. Orgulho-me disso. Isto porque, o Renascimento Cultural – esse importante período da História – que regulou as pupilas da humanidade – revolucionou o conhecimento nas Artes, Ciências e no Pensamento.

No tocante ao quadro de Bellini, a cada toque da espátula na tela, toques geniais, por sinal, ele tinha um brilho especial nos olhos à medida que materializava, através das tintas, a figura da Donna Nua numa perspectiva sensual e policromática, técnica que implantou com vigor na escola veneziana.
Vejamos alguns detalhes pertinentes:

O braço e antebraço direito, dependendo da posição que o observador olha, formam um ângulo de 90º (dependendo). Mas o que se vê é uma aparente obtusidade que faz o papel do bojo de um sutiã.

Uma parte da mama à mostra fica coberta pelo braço e antebraço, descaracterizando a sua geometria de lágrima, justamente para prender o olhar e destacar a região areolar na qual brota o mamilo semiprotuso. Presumo que seja semiprotuso. O tecido que envolve o corpo acanha-se e expõe mais do que esconde. Nem  um detalhe erótico sobrepõe-se ao olhar da figura feminina . Um olhar terno, visualizando a vivência Renascentista é a essência do quadro.



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