A Arquitetura despia-o da conceituação de um homem comum. A
contragosto, mas despia. Nesse campo, a mestria de Niemeyer não cabia em uma definição
convencional. Estava muito além: uma questão de vocação genuína.
“Não é o ângulo reto que me atrai, nem a linha reta, dura,
inflexível, criada pelo homem. O que me atrai é a curva livre e sensual, a curva
que encontro nas montanhas do meu país, no curso sinuoso dos seus rios, nas
ondas do mar, no corpo da mulher preferida. De curvas é feito todo o universo,
o universo curvo de Einstein.” – escreveu Niemeyer.
Agora, escrevo eu:
- Ele burlou a Geometria Plana com a sutileza de um cavalheiro.
Fez poucas concessões às retas. A sua genialidade mostrou, através da
universalidade da sua obra, que a menor distância entre dois pontos não é uma
linha reta, mas a mais bonita curva que o olhar percorrer. Einstein lavrou a
certidão de nascimento do universo curvo. NIEMEYER EMANCIPOU A CURVA,
“ENGAVETOU” OS ÂNGULOS, criou a impressão
do concreto em movimento.
Morreu aos 104 anos de idade: uma lição para os Alquimistas.
Autor Augusto Aguiar
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